Diagnóstico de infarto: o que temos disponível nos dias de hoje?
Diagnóstico de infarto
Há muitos anos já é conhecida a alta prevalência da doença coronária (doença das artérias do coração que pode levar ao infarto) e os seus diversos fatores de risco, como o diabetes, a hipertensão arterial, o tabagismo, a obesidade, o sedentarismo, entre outros. Contudo, o melhor tratamento para essa doença vem sofrendo constantes e profundas evoluções nas últimas décadas.
Em meados dos anos 60 e 70, existiam basicamente dois tratamentos para a doença coronariana: o tratamento clínico com medicamentos e a já consagrada cirurgia para a colocação de pontes de safena para as coronárias doentes. No final da década de 70, o Dr. Andreas Gruentzig iniciou o que se tornaria hoje a Cardiologia Intervencionista e Hemodinâmica com o cateterismo cardíaco e coronário, permitindo o desenvolvimento de novas técnicas, alternativas percutâneas (através de pequenas punções na pele) para a cirurgia aberta convencional em casos selecionados.
A evolução dessas novas técnicas passou pela angioplastia por balão (abertura da artéria coronária obstruída/doente com uso de um cateter balão), seguida do uso dos stents, que são pequenas malhas metálicas que objetivam manter o vaso doente aberto ao fluxo de sangue. Os stents também evoluíram e novos stents mais modernos estão em uso atualmente, sendo alguns já recobertos com medicamentos, os chamados farmacológicos, que têm seu grande benefício em determinados casos.
Dentre as novidades mais recentes, já disponíveis há alguns anos, está o balão recoberto com medicamento (farmacológico), que busca espaço nessa crescente inovação terapêutica.
Todas essas tecnologias e outros métodos modernos de diagnóstico e tratamento cardíaco/extra-cardíaco como endopróteses ou dispositivos periféricos, renais, uterinos, cerebrais, ultrassonografia intracoronária, tomografia de coerência óptica e para tratamento de anomalias congênitas estão disponíveis no Laboratório de Hemodinâmica do Hospital Vila da Serra para benefício do paciente. Consulte o seu médico assistente e pergunte sobre as possibilidades percutâneas para o seu caso.
Dr. Henrique Horta Petrillo,
Membro da equipe da Hemodinâmica do HVS